sábado, 29 de novembro de 2008

"Marvão - à mesa com a tradição"

Amanhã, 30 de Novembro, pelas 16.00 horas, decorre na Junta de Freguesia de S. Salvador da Aramenha a apresentação do livro "Marvão - à mesa com a tradição", da autoria de Adelaide Martins, Emília Mena e Teresa Simão. As Edições Colibri, a Câmara Municipal de Marvão e a Junta de Freguesia de S. Salvador da Aramenha apoiam a apresentação deste livro. Ainda a propósito do seu lançamento, será apresentada uma conferência sobre a gastronomia do Alentejo pelo Sr. Professor Doutor Francisco Ramos, Professor Catedrático da Universidade de Évora.
(Uma das autoras, Emília Mena, é mãe da Mafalda Machado, aluna colaboradora da BE.)

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Clube de Leitura II


Os alunos do 7º ano continuam a dinamizar o Clube de Leitura, uma actividade do projecto "Plano Nacional de Leitura - 3º ciclo" da Escola. Hoje foi a vez do Pedro e do Miguel, escolheram o texto D. Caio. Da primeira sessão do Clube para esta vimos o público aumentar e, por isso, todos nós que estivemos envolvidos na organização da actividade ficámos muito contentes. A pouco e pouco, esperamos, o gosto pela leitura alargar-se-á a toda a população escolar!

Dom Caio
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D. Caio

Era um alfaiate muito poltrão, que estava trabalhando à porta da rua; como ele tinha medo de tudo, o seu gosto era fingir-se de valente. Vai de uma vez viu muitas moscas juntas e de uma pancada matou sete. Daí em diante não fazia senão gabar-se:
- Eu cá mato sete de uma vez!
Ora o rei andava muito aparvalhado, porque lhe tinha morrido na guerra o seu general Dom Caio, que era o maior valente que havia, e as tropas do inimigo já vinham contra ele, porque sabiam que não tinha quem mandasse a combatê-las. Os que ouviram o alfaiate andar a dizer por toda a parte: “Eu cá mato sete de uma vez!” foram logo metê-lo no bico do rei, que se lembrou de que quem era tão valente seria capaz de ocupar o posto de Dom Caio.
Veio o alfaiate à presença do rei que lhe perguntou:
- É verdade que matas sete de uma vez?
- Saberá Vossa Majestade que sim.
- Então nesse caso vais comandar as minhas tropas e atacar os inimigos que me estão cercando.
Mandou vir o fardamento de dom Caio e fê-lo vestir ao alfaiate, que era muito baixinho, e que ficou com o chapéu de bicos enterrado até às orelhas; depois disse que trouxessem o cavalo branco de Dom Caio para o alfaiate montar. Ajudaram-no a subir para o cavalo, e ele já estava a tremer como varas verdes; assim que o cavalo sentiu as esporas botou à desfilada, e o alfaiate a gritar:
- Eu caio, eu caio!
Todos os que o ouviam por onde passava diziam:
- Ele agora diz que é o Dom Caio; já temos homem.
O cavalo, que andava acostumado às escaramuças, correu para o sítio em que se combatia, e o alfaiate com medo de cair ia agarrado às crinas, a gritar como um desesperado:
- Eu caio, eu caio!
O inimigo, assim que viu o cavalo branco do general valente e ouviu o grito: “Eu caio, eu caio!”, conheceu o perigo em que estava, e disseram os soldados uns para os outros:
- Estamos perdidos, que lá vem o Dom Caio; lá vem o Dom Caio!
E botaram a fugir à debandada; os soldados do rei foram-lhes no encalço e mataram-nos, e o alfaiate ganhou assim a batalha só em agarrar-se ao pescoço do cavalo e em gritar: “Eu caio”.
O rei ficou muito contente com ele e, em paga da vitória, deu-lhe a princesa em casamento, e ninguém fazia senão louvar o sucessor de Dom Caio pela sua coragem.


Teófilo Braga, Contos Tradicionais do Povo Português, Dom Quixote

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

O segundo "Chá de Letras"


Foi assim o segundo "Chá de Letras". Servimos chá, livros e revistas aos professores, alunos, alunos EFA e funcionários que estiveram na BE entre as 16 e as 17 horas. Obrigada a todos! E o próximo "Chá de Letras" fica marcado para 27 de Janeiro, combinado?

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O que estão elas fazendo?


A Nádia (auxiliar da BE) e algumas alunas colaboradoras da Biblioteca têm entre mãos um projecto. Alguém sabe o que se passa? Aceitamos palpites e publicaremos no blogue as respostas mais criativas. Enviem as vossas ideias para o email da BE:

bibescmmm@gmail.com


Antes e depois


ANTES

DEPOIS

Pedimos à professora Olga Rego (Educação Visual e Tecnológica) que nos fizesse uma moldura para o expositor de destaques da BE. Os materiais utilizados foram, simplesmente, cartão e tinta e o resultado é o que se vê.

Obrigada, Olga, por teres tornado tão bonito o expositor da BE!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Detalhes da Feira do Livro

Para abrir o apetite, aguçar curiosidades, aqui ficam algumas fotos da Feira do Livro. Sim, já começou! Todos os dias, até 30 de Novembro, das 9 às 12 e das 14.30 às 19.30.


sábado, 22 de novembro de 2008

Próximas actividades da BE


24 de Novembro – Início da Feira do Livro

Temos tantas novidades! E, para além dos livros de várias editoras, é com muito gosto que expomos e vendemos os trabalhos dos alunos da CERCI de Castelo de Vide. Há tanto por onde escolher que o difícil será decidir o que levar para casa…

27 de Novembro – “Chá de Letras"

A pedido de muitos alunos vamos continuar esta actividade. Decorrerá no dia 27 de cada mês, já que o primeiro chá foi servido no Dia das Bibliotecas Escolares da RBE, 27 de Outubro.


28 de Novembro – “Clube de Leitura”

O Pedro Caldeira e o Miguel Ângelo Felício apresentam, a quem comparecer, um conto ou poema… É surpresa! Começa às 16 horas.

domingo, 16 de novembro de 2008

José Saramago

José Saramago nasceu na aldeia de Azinhaga, concelho da Golegã, no dia 16 de Novembro de 1922. No entanto, o próprio Saramago diz que, por atraso dos pais no registo, tem o aniversário oficial a 18 de Novembro...
Foi viver para Lisboa com os pais ainda não tinha três anos. A sua vida não foi fácil. Fez o ensino secundário e não pôde continuar os estudos devido às dificuldades económicas da família. Teve de começar a trabalhar: o primeiro emprego foi como serralheiro mecânico, depois desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, editor, tradutor, jornalista.
Publicou o seu primeiro livro, “Terra do Pecado”, em 1947. A sua bibliografia é extensa e, em 2001, publicou “A Maior Flor do Mundo”, uma história para crianças, que se concretiza numa breve mas interessante narrativa.

(Produzido em 2007, o filme ganhou o prémio de melhor animação do Anchorage Internacional Film Festival e foi nomeado para os Goya na categoria de melhor curta-metragem. José Saramago aparece no filme, como narrador e como personagem.)
Este escritor recebeu já inúmeros prémios, entre os quais o Prémio Camões, atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores em 1995 e, em 1998, na Suécia, o Prémio Nobel da Literatura.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O trabalho da Cátia e da Rute

Duas alunas do 7º ano, a Cátia e a Rute, apresentaram hoje a colegas, funcionárias e professoras da Escola a Fábula do Velho, do Rapaz e do Burro. Para esta actividade do Plano Nacional de Leitura do 3º ciclo, a Cátia e a Rute empenharam-se muito e, por isso, estão de parabéns. Até fizeram um powerpoint para acompanhar a leitura do texto!
Fábula


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O Velho, O Rapaz e o Burro
O Mundo ralha de tudo,
Tenha ou não tenha razão,
Quero contar uma história
Em prova desta asserção.
Partia um velho campónio
Do seu monte ao povoado,
Levava um neto que tinha
No seu burrinho montado.
Encontra uns homens que dizem:
"Olha aquela que tal é!
Montado o rapaz que é forte,
E o velho trôpego a pé."
"Tapemos a boca ao mundo",
O velho disse: "Rapaz,
Desce do burro, que eu monto,
E vem caminhando atrás."
Monta-se, mas dizer ouve:
"Que patetice tão rata!
O tamanhão de burrinho,
E o pobre pequeno à pata."
"Eu me apelo", diz prudente
O velho de boa-fé,
"Vá o burro sem carrego,
E vamos ambos a pé."
Apeiam-se, e outros lhe dizem:
"Toleirões, calcando lama!
De que lhes serve o burrinho?
Dormem com ele na cama?"
"Rapaz", diz o bom do velho,
"Se de irmos a pé murmuram,
Ambos no burro montemos,
A ver se inda nos censuram".
Montam, mas ouvem de um lado:
"Apeiem-se, almas de breu,
Querem matar o burrinho?
Aposto que não é seu."
"Vamos ao chão", diz o velho,
"Já não sei qu hei de fazer!
O mundo está de tal sorte,
Que se não pode entender.
É mau se monto no burro,
Se o rapaz monta, mau é;
Se ambos montamos, é mau,
E é mau se vamos a pé!
De tudo me têm ralhado,
Agora que mais me resta?
Peguemos no burro às costas,
Façamos inda mais esta."
Pegam no burro: o bom velho
Pelas mãos o ergue do chão,
Pega-lhe o rapaz nas pernas,
E assim caminhando vão.
"Olhem dois loucos varridos!",
Ouvem com grande sussuro,
"Fazendo mundo às avessas,
Tornados burros do burro!"
O velho então pára e exclama:
"Do que observo me confundo!
Por mais que a gente se mate,
Nunca tapa a boca ao mundo.
Rapaz, vamos como dantes,
Sirvam-nos estas lições:
É mais que tolo quem dá
Ao mundo satisfações."
La Fontaine, Fábulas

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Tunas em Santo António das Areias


A Casa do Povo de Santo António das Areias promove no dia 15 de Novembro de 2008, pelas 21:30 horas, o seu II Encontro de Tunas a realizar nas instalações do Grupo Desportivo Arenense.
As receitas destinam-se a apoiar o projecto de construção do Lar de Idosos da Casa do Povo da localidade.
Estão convidadas 5 tunas que actuam graciosamente e assim se juntam em solidariedade com a instituição, no que promete ser "uma noite agradável e diferente".

Presentes estarão a EnfTuna - Escola Superior de Enfermagem de Portalegre, Tuna Papasmisto - Tuna Mista do Instituto Politécnico de Portalegre, Grupo Académico Seistetos da Universidade de Évora, Vetuna - Tuna de Medicina Veterinária de Lisboa e Hallituna - Escola Secundária de São Lourenço Portalegre.

sábado, 1 de novembro de 2008

A Maratona de Contos



A semana passada foi diferente. Os alunos foram todos os dias à BE, acompanhados pelas suas professoras, desde o pré-escolar ao 4º ano.
Pegámos no livro "Abada de Histórias", de António Mota, e seleccionámos 5 delas.
Pedimos à nossa colega Olga Rego que nos fizesse uma bonita caderneta de cromos, baseada nas histórias a trabalhar durante os 5 dias, e assim foi. Convidámos as professoras Ana Reis e Margarida Mangerona para contarem duas das histórias por nós escolhidas e... assim foi.
Na segunda-feira, a professora Fernanda Fernandes contou a história "A velha e o garrafão". Em seguida, os alunos receberam o álbum de cromos e, na primeira página, encontraram três cromos por colorir. Pintaram apenas os dois que se relacionavam com a história.
Na terça-feira, a professora Helena Tomás contou a história "As cabras do Pedro". Os alunos receberam depois sete peças que formavam três cromos sobre a história. Juntaram as partes certas, ordenaram as imagens de acordo com a sequência da história e colaram os cromos no álbum.
Na quarta-feira, a professora Paula Morgado contou a história "Que medo!". Os cromos do dia foram desenhados e coloridos pelos alunos, mas só depois de se ter decidido quais os momentos mais importantes da história e que deveriam ficar registados sob a forma de cromo no álbum. (Não existe fotografia para a quarta-feira porque a professora Paula Morgado costuma ser a repórter fotográfica mas nesse dia estava a contar uma história...)
Na quinta-feira, a professora Ana Reis contou a história "Como nasceram as zebras". Encontraram no álbum de cromos, para essa história, um único cromo gigante. A tarefa consistiu em encontrar uma zebra pequenina entre muitos outros animais grandes.
Na sexta-feira, a professora Margarida Mangerona contou a história "A galinha vadia". Todos os alunos receberam, nesse dia, três cromos com ilustrações da autoria da professora Olga Rego e pintados pela Nádia Mimoso, auxiliar da BE. Depois de colocados pela ordem correcta, foram colados na última página do álbum. As cadernetas de cromos, que estiveram na BE durante toda a semana, foram levadas pelos alunos na sexta-feira.
Terminada a semana, concretizada a actividade de forma tão satisfatória, queremos deixar um agradecimento às professoras Ana Reis e Margarida Mangerona por terem tão prontamente concordado em contar uma história, à professora Olga Rego por ter elaborado o álbum de cromos em tão pouco tempo, às alunas colaboradoras da BE por terem ajudado a cortar tantos materiais e à Nádia Mimoso por ter colorido os últimos cromos como uma verdadeira ilustradora!